Logo depois de participar da posse da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o presidente Michel Temer embarcou para os EUA, onde fará discurso na ONU e será recebido por Donald Trump. Na volta Temer prepara-se para enfrentar a nova denúncia da PGR.
O Palácio do Planalto pediu na semana passada que o Supremo Tribunal Federal suspenda a nova denúncia da qual é acusado, de liderar a organização criminosa do PMDB da Câmara e de obstrução da Justiça.O argumento é que Rodrigo Janot apontou na acusação fatos anteriores ao exercício da Presidência, o que, na avaliação do Planalto fere a Constituição.
Outro argumento é de que o andamento da denúncia seja “sustado” enquanto não forem esclarecidos os crimes revelados na “tal fita” gravada por engano, que suspendeu o acordo de delação de Joesley Batista e Ricardo Saud, do Grupo J&F.
Na próxima quarta-feira o STF deverá julgar o pedido de suspensão desta segunda denúncia. É pouco provável que seja aceito. A tendência do Supremo é dar aval ao ministro Edson Fachin, relator do caso e remeter a acusação formal contra Temer à Câmara dos Deputados.
Mas é bom lembrar que sempre há a possibilidade de algum pedido de vista interromper o julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, nomeado por Temer, já teria sinalizado essa intenção.
O mundo dos sonhos do Presidente é que a denúncia retorne á Procuradoria Geral da República para as mãos da recém empossada, também escolhida por ele , Raquel Dodge.
Livre das flechadas de Janot, Temer agora pode voltar a dormir sossegado sonhando em “atravessar a pinguela” e se manter na Presidência até 2018.
Como de cabeça de juiz e bum bum de neném, ninguém sabe o que vem.Vamos aguardar a decisão do Supremo.
Crédito; Foto web
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