Ministro Gilmar Mendes concede HC a outro investigado por corrupção

Na vanguarda brasileira do habeas corpus para figurões do alto escalão está o ministro Gilmar Mendes. Pois é: essa pessoa mandou soltar mais um operador da dinheirama ilegal tucana: Paulo Preto.

O carregador de malas do PSDB não foi preso por nenhuma operação da Policia Federal, ou da PGR, mas devido a revelações do Ministério Público da Suíça. Ora vejam só: o engenheiro ligado a Serra, Aloísio Nunes e Alckmin escondia 113 milhões de reais em contas de um banco estrangeiro, e foi flagrado lá fora.

Como de costume em casos que envolvem o PSDB, as investigações da Polícia Federal se arrastavam mas com a denúncia do exterior a prisão foi decretada. Então, Gilmar considerou haver “patente constrangimento ilegal” do engenheiro aliado dos tucanos.

Esta semana, essa mesma pessoa, o Gilmar. mandou soltar o empresário Milton Lyra.

Lyra foi guardado em prisão preventiva por ordem do juiz Marcelo Bretas. Segundo a denúncia, o grupo do empresário praticou crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas, corrupção e lavagem de dinheiro – inclusive em outros países. Mas ao liberar Lyra, Gilmar Mendes só o proibiu de manter contato com outros investigados e de deixar o País – nem tornozeleira rolou!

Embora mantenha um discurso constitucionalista para libertar gente graúda, Gilmar tem dado frequentes escorregadas, principalmente por manter relação de amizade com os réus libertados. O caso mais emblemático é o do rei dos ônibus do Rio, Jacob Barata Filho. Gilmar foi padrinho de casamento da filha de Jacob. E o que dizer do querido amigo José Serra, para quem o ministro já ofereceu até festa de aniversário?

Mas é mês das mães e tudo pode ser perdoado. Até os deslizes do Gilmar, essa pessoa boa como uma mãe brasileira.