Confronto no Amazonas

No ano passado o Senador Renan Calheiros descumpriu decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello que o afastava da Presidência do Senado.

Tempos depois, o mesmo Renan questionou decisão judicial que mandava prender 4 policiais legislativos nas investigações da operação Lava Jato.  O Senador  classificou o juiz responsável pela sentença de “juízeco”, em uma solene afronta ao judiciário.

Em outubro, a mesa diretora do Senado se recusou a afastar Aécio Neves do mandato. E ao que parece, o Supremo voltou atrás para não ser desmoralizado.

Estranho é que as pessoas estejam surpreendidas com o ataque  ao Ibama e ao Instituto Chico Mendes no sul da Amazônia.

500 garimpeiros e madeireiros atearam fogo nos prédios das duas Instituições em retaliação à operação de combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira.

O grupo também tinha como alvo a agência fluvial da Marinha, que deu apoio à operação e só não foi atacada por ter recebido proteção da Força Nacional de Segurança.

Autoridades ambientais chamaram a ação de “ato terrorista” e atentado ao Estado brasileiro.

Os servidores só não foram mortos porque se refugiaram no quartel do Exército e de lá foram retirados de helicóptero.

Com o descumprimento de decisões judiciais, tanto no Senado quanto no garimpo, ao que tudo indica, inaugura-se no Brasil uma era de anarquia.