O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou esta semana a proposta de um valor fixo para o novo fundo de financiamento das eleições, que começa a valer a partir de 2018.
A proposta estabelecia que o fundo seria formado com meio por cento da receita corrente líquida do governo, equivalente hoje a R$ 3 bilhões e 600 milhões de reais.
Diante da repercussão negativa da opinião pública, todos os partidos orientaram seus deputados a votar contra o estabelecimento desse percentual.
Vale destacar que a votação apenas retirou o valor do fundo. Os deputados ainda terão que decidir o texto da nova lei que financiará suas campanhas.
É bem verdade que as delações premiadas à justiça têm demonstrado as relações espúrias entre empresários e candidatos – parceiros interessados em tirar vantagem de negócios escusos com dinheiro público.
Ao tentar eliminar as doações de empresas, os parlamentares querem agora passar a fatura ao contribuinte. Afinal, alguém vai ter que pagar essa conta.
É bom ficar de olho nas próximas votações. O valor bilionário do fundão só não foi aprovado por medo da reação popular, e não por um súbito ataque de sobriedade do Congresso Nacional.
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