Justiça decide que Temer e coronel Lima voltem a prisão

A 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou, nesta quarta-feira (8), que o ex-presidente Michel Temer e o amigo, coronel Lima, voltem para a prisão.  

Os dois foram presos em março deste ano, na Operação Descontaminação, que investiga desvios em contratos da Usina Angra 3, mas ganharam liberdade após serem beneficiados por habeas corpus no mesmo tribunal. 

O advogado de Temer disse que o ex-presidente deve se entregar nesta quinta-feira e que pretende evitar que ele “seja exposto a um novo momento de humilhação”. Na prisão em março, agentes da Polícia Federal prenderam o ex-presidente no meio do trânsito de São Paulo.

Ex Presidente Michel Temer se entrega a Policia Federal

O ex-presidente Michel Temer (MDB) se entregou na tarde desta quinta-feira, (9), na superintendência da Polícia Federal em São Paulo, para o cumprimento da prisão preventiva determinada pela Justiça Federal. O emedebista partiu em um carro, de sua residência, no bairro de Alto de Pinheiros, Zona Oeste, e seguiu rumo à sede da PF em São Paulo, na Lapa.

Seus advogados pediram para que ele fique em uma Sala de Estado Maior no Quartel General da Polícia Militar, em São Paulo. A juíza substituta da 7ª Vara do Rio de Janeiro, Caroline Figueiredo, havia dado até 17h horas para que o emedebista se entregasse e encaminhou o pedido sobre o local da prisão à PF e ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

A defesa do ex-presidente apresentou há pouco um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça.

Operação Descontaminação

Temer e Coronel Lima foram presos preventivamente em 21 de março, na Operação Descontaminação, por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio. Ambos foram libertados no dia 25 daquele mês por decisão liminar (provisória) do desembargador Antonio Ivan Athié, do TRF-2. A Descontaminação é desdobramento da Operação Lava Jato no Rio.

A investigação envolve obras na usina nuclear de Angra 3, operada pela Eletronuclear, em que teria havido desvios de R$ 1,8 bilhão, de acordo com o Ministério Público Federal.

Foto Agência Brasil