O que está por trás da demissão de Parente

A greve dos caminhoneiros expôs a política de preços praticados pela Petrobrás para o consumidor brasileiro. Partidos de oposição já possuem assinaturas suficientes para a instalação de uma CPI, que pretende investigar como acontece a formação desses preços, e Pedro Parente ficará no centro das atenções.

Para piorar a situação, esta semana a revista Crusoé revelou que Parente é sócio da empresa DANA TECNOLOGIA, contratada pela Petrobrás sem licitação. O contrato de mais de 11 milhões de reais vai até 2020.

Ainda segundo a revista, Pedro Parente também participa de uma segunda empresa, a Kenaz, que tem como sócio José Berenguer, presidente do Banco JP Morgan no Brasil. A instituição teria recebido da Petrobrás um adiantamento 2 bilhões de reais, de um financiamento que só vai vencer em 2022. Se a CPI for instalada, Parente vai ter que explicar muita coisa aos parlamentares.

O presidente demissionário da Petrobrás atribui sua queda ao movimento dos caminhoneiros. Mas em Brasília, é voz corrente que antes de entregar o cargo, Parente conversou com o Presidente do Senado, Eunício Oliveira, e ouviu do Senador que será praticamente impossível impedir a instalação da CPI.

Parente achou mais prudente pedir demissão. Mas e o país, como é que fica?