O juiz federal Marcelo Bretas, que conduz as investigações da Operação Lavo Jato no Rio de Janeiro, teve esta semana nova queda de braço com o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Numa espécie de reprise de outro episódio da Operação Lava Jato no qual o juiz mandou prender e o ministro mandou soltar o empresário Jacob Barata Filho, desta vez Marcelo Bretas determinou a transferência do ex-governador do Rio Sérgio Cabral para um presídio federal no Mato Grosso do Sul, e Gilmar suspendeu a decisão.
Durante audiência com o magistrado, Sérgio Cabral citou familiares do juiz que trabalham com a venda de bijuterias, fazendo uma estranha comparação entre as duas situações. Bretas interpretou a provocação como uma ameaça velada à sua integridade física e dos seus parentes, e decidiu que Cabral deveria ser transferido.
A decisão do magistrado foi derrubada em grau de recurso por Gilmar Mendes, que considerou desastrada a afirmação do réu mas não viu nenhuma ameaça à integridade do juiz.
Sérgio Cabral em cinema na cadeia
Graças a decisão de Gilmar Mendes, Sérgio Cabral vai ficar numa cadeia da capital fluminense, assistindo filmes em um aparelho de home theater, supostamente doado por uma comunidade cristã para promover a socialização de presos ricos.
Como diz o provérbio, “filho feio não tem pai”. Depois da mordomia ter vazado na imprensa, ninguém consegue explicar como o luxuoso televisor de 36 polegadas chegou na penitenciária.
Já que o ministro Gilmar Mendes, constitucionalista de colar decalco, é tão sensível as necessidades de presos ricos, bem que poderia estender o benefício a todo o sistema prisional brasileiro.
Do jeito que a situação anda feia, com mais de 14 milhões de desempregados e até trabalho escravo validado por decreto, vai ter gente pedindo pro Gilmar para ir ao cinema na cadeia.
crédito: Fotos da web