A boa onda de Temer

Quando no mês de maio o jornal O Globo revelou o conteúdo das gravações do Joesley Batista, todo mundo no Brasil ficou esperando a renúncia do presidente, tamanha a gravidade da situação. Temer sinalizou que ia falar em rede nacional e todos pensaram: é agora!

Que nada… Passado o primeiro susto, vieram aquelas dúvidas inaudíveis das gravações, e a tese de montagem apresentada pelo perito Ricardo Molina. O Presidente encerrou o pronunciamento dizendo que a montanha pariu um rato e… Vida que segue.

Nas ruas, as manifestações de Fora Temer e Diretas Já só aumentaram a possibilidade de uma debandada entre aliados, mas para alívio do Planalto o PSDB ficou.

Daí veio o julgamento no TSE. Uma saída honrosa para Temer, que seria apenas destituído da presidência na condição de vice da chapa acusada de abuso de poder econômico em 2014. Nada de ter que renunciar ou ser acusado, cassado, mal-falado, essas coisas chatas… Só que não. Gilmar Mendes e mais 3 ministros, um citado na delação da JBS e dois indicados pelo próprio Temer, absolveram a dobradinha Dilma-Michel.

Fortalecido pela vitória no TSE, o presidente sequer respondeu as 84 perguntas encaminhadas pela Polícia Federal sobre o caso JBS. E as pessoas ficaram sem saber, por exemplo, quem é o Edgar… Um tal que iria no lugar do Rocha Loures buscar a mala dos 500 mil.

A semana promete ser longa para Temer. Se quiser continuar na boa onda, terá de trabalhar em três frentes: evitar a debandada do PSDB; fortalecer a base aliada no Congresso para aprovar as tais reformas… E garantir aliados na Câmara dos Deputados, para barrar um eventual pedido de abertura de processo contra ele no Supremo Tribunal Federal. Ah e torcer para que Rocha Loures continue de bico bem fechado.

crédito: Imagem da web

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