Gilmar Mendes – uma nova polêmica

Quando no mês passado o Ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus a Eike Batista (cliente do escritório de advogados onde trabalha a esposa do ministro), alguns juristas consideraram o fato um escândalo.

Mas não é de hoje que os ministros do Supremo Tribunal Federal desrespeitam a Lei Orgânica da Magistratura. Um caso emblemático foi o de Dias Toffoli, que atuou como advogado do PT e foi assessor de José Dirceu na Casa Civil. Indicado para o STF por Lula, ele não se declarou impedido de participar do julgamento do mensalão.

Agora, o Ministro Gilmar Mendes está no centro de uma nova polêmica, por soltar o empresário carioca Jacob Barata Filho. Gilmar foi padrinho de casamento da filha de Barata.

A decisão gerou um pedido do Ministério Público Federal para que Gilmar fique impedido de julgar os processos do caso. A explicação dele para não se declarar impedido em conceder o habeas corpus do pai de sua afilhada, foi de que o casamento  não durou nem seis meses.

Inconformado com a decisão de Gilmar, o juiz federal Marcelo Bretas, expediu novos mandados de prisão preventiva contra o empresário. Gilmar Mendes considerou estranha a reação de Bretas e afirmou: Em geral o rabo não abana o cachorro. É o cachorro que abana o rabo.

A Associação dos Juízes Federais do RJ e do Espirito Santo divulgou nota criticando a decisão que fere a lei da magistratura; e o linguajar de botequim usado por um membro da mais alta corte do País.

Tudo indica que o caso vai dar em nada. Gilmar Mendes deve reagir como em outras situações: as favas à modéstia. Afinal, estamos em agosto, o mês do cachorro louco.

crédito: foto da web

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