Tucanos sacrificam Aécio para salvar candidatura de Alckimin

Ao que tudo indica, chegou a vez dos políticos do PSDB se explicarem com a justiça. Joesley Batista revelou uma doação de 110 milhões para a campanha dos tucanos em 2014. E ainda disse que pagou por dois anos uma mesada de 50 mil reais a Aécio Neves.
Mas o braço da lei no Brasil parece não ser suficientemente longo para alcançar todos os tucanos. Geraldo Alkmin, por exemplo, é suspeito de ter recebido 107 milhões por meio de caixa dois durante as campanhas de 2010 e 2014. E vejam só: O inquérito de Alkimin foi parar na Justiça Eleitoral, onde o dinheiro sujo das campanhas não parece assim tão sujo e as penas são muito mais brandas. Conveniente, não é mesmo? Um presentão para quem pretende concorrer a Presidência da República – com ou sem caixa dois, é claro.
Por outro lado, nem todos estão sorrindo na direção dos tucanos. O ministro Gilmar Mendes, do STF, não quis soltar o operador de propinas do PSDB, Paulo Preto. Ele foi denunciado por executivos de várias empreiteiras por pedir subornos para José Serra e Aloysio Nunes. Se abrir o bico será um Deus-nos-acuda no partido.
Agora que Lula está fora da disputa eleitoral e outros candidatos começam a crescer nas pesquisas, Alkimin precisa se mexer se quiser estar em forma para disputar a presidência. Mas como ele vai fazer isso algemado ou atrás das grades? Dá pra entender porque a denúncia contra o tucano não foi parar na Lava-Jato, não é mesmo?
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